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LEGGING

Estão pelas ruas já faz um tempo. Gordinhas, magricelas, altas, baixas, pernas retas, pernas tortas, pernas perfeitas, com bunda, sem bunda, comprimento longo, até o meio da canela, curto… Eu acho que legging não orna com nada, mas se você gosta e não estiver fingindo que é vocalista de banda glam rock anos 80, por favor fuja das metálicas ou com estampas de oncinha e não se iluda, aquela cor “nude” não é neutra coisa nenhuma, só é horrorosa.

MEIA PATA

Aquelas botas de cano alto, sandálias cheias de tirinhas, sapatos com modelos variados, tamancos, tudo com salto altíssimo e uma meia sola alta na frente orna com o que? Certamente não com vestidos curtos e justos ou shorts, além do que essa combinação pode passar uma impressão errada sobre a profissão que você exerce. Fico me perguntando porque os fashionistas criam esses sapatos torturantes desde a antiga China mas ainda não consegui uma resposta satisfatória. Continuarei pesquisando.

BATOM VERMELHO

Batom vermelho não orna com lábios finos.  Se você não for a Reese Witherspoon numa foto super produzida de anúncio da Avon (e boquinha aumentada no photoshop), evite.  Ao usar essa cor na boca fininha você sempre corre o risco de ficar um pouco parecida com o Coringa.


ALÇA DE SOUTIEN

Você pode ser uma cantora famosa, com uma voz linda, mas note que alça de soutien aparecendo pode novamente levantar suspeitas sobre sua profissão e não orna com moças elegantes. Alças de material plástico supostamente transparentes nem merecem comentário.

SILICONE

Exagerar no silicone e sair por aí com as próteses na janela não é bonito e não orna nem com Victória Beckham que é uma exibida de primeira.

 

DAVID BECKHAM

Já David pode vestir ou desvestir qualquer coisa que sempre orna não é?!


 

Podem me chamar de chata, mas fico pasma com a atitude de certas pessoas.

Primeiro de dezembro é o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, data escolhida em 1987 pela Assembleia Mundial de Saúde com apoio da ONU. Se 22 anos depois ainda precisamos ser lembrados que devemos tolerância, solidariedade, compaixão e apoio às pessoas infectadas pelo HIV e que precisamos reforçar as ações de prevenção, alguma coisa não vai bem não é mesmo? Isso tudo já devia fazer parte do nosso cotidiano, mas lamentávelmente não é bem assim.

Acompanhei no Twitter as mensagens de hoje e, por incrível que pareça, muitas eram piadinhas sobre a doença. Se pensarmos que nessa rede social a maioria tem menos de, digamos, 35 anos e vivem em grandes centros urbanos, a coisa fica bem feia; jovens cosmopolitas supostamente deveriam ser mais bem informados…

Observando as estatísticas dá para entender que atualmente as maiores vítimas de novas contaminações são as mulheres:  se até 1986 havia 15 homens infectados para cada mulher, em 2003 os números mudam drasticamente:continuam os mesmos 15 homens, mas o número de mulheres vai para 10. A contaminação está aumentando entre mulheres na faixa etária de 13 a 19 anos, quer dizer, entre as muito jovens.

Qual o significado disso tudo? Uma das possíveis resposta é que as mulheres não estão levando essa questão á sério. Seja porque confiam no parceiro, seja porque eles se recusam a usar o preservativo e elas ficam com medo de ofender e perder o marido, o namorado, o amante, o caso, o rôlo, o ficante, etc; sentem vergonha de pedir e parecer “sabidas” demais; muitas acreditam que estão em uma relação monogâmica (e às vezes estão mesmo) mas esquecem que os sintomas podem demorar anos para aparecer e elas ou eles não sabem o que se esconde no passado.

Forçar, mesmo que indiretamente, a mulher a manter relações sexuais sem proteção é um ato da mais pura violência.

Falando nisso, 25 de novembro foi o Dia Internacional da Não-Violência Contra as Mulheres e que ninguém fique se iludindo pensando que as mulheres sofrem apenas violência física. Apesar desta  ainda estar muito presente,somos agredidas das mais diversas formas e de maneiras muitas vezes disfarçadas.

Espera-se que as mulheres cumpram o padrão estético das modelos photoshopadas e ridiculamente retocadas para atingir um certo ideal de “perfeição” inexistente e ao lado está  a foto de Juliana Paes que não me deixa mentir. Ser gorda nem pensar, envelhecer jamais…

Pagam-se salários 35% menores para as mulheres em cargos e serviços equivalentes; ainda existem profissões  consideradas “femininas”, como por exemplo, educação infanto/juvenil ou enfermagem. Ouvi relato sobre discriminação contra uma médica  que tentou vaga para fazer especialização em neurocirurgia; foi-lhe dito que esse era um trabalho para homens e sua admissão foi negada. Várias mulheres que estão trabalhando na área de informática denunciam que são olhadas com desconfiança e/ou consideradas lésbicas, porque onde já se viu mulher entender de computador?!

Aliás, chamar de lésbica a mulher que foge dos padrões “ternurinha-forno-e-fogão” é a coisa mais comum. Mulher que não quer casamento nem compromisso sério invariavelmente será chamada de puta em alguns círculos. Mulher que não quer ter filhos será olhada com estranheza… Enfim, a lista dessas violências disfarçadas é imensa!

E que não se culpe apenas os homens – o mundo está cheio de mães, irmãs, esposas, namoradas e amigas educando sucessivas gerações para darem continuidade à tudo isso. Feminismo tosco é muito chato, mas machismo às avessas é lamentável.

anilza-leoniNo século passado, as musas eram moças voluptuosas, bem fornidas, com cintura fina e quadril largo.

O jornalista Sérgio Porto, entre o início dos anos 50 e final dos 60, usando o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta publicava uma lista de vedetes (bonitonas com pouca roupa) com nomes como Virginia Lane, Mara Rúbia, Brigitte Blair e Carmem Verônica. Essas eram as moças que os maridos admiravam às escondidas.

Nara

Com a Bossa Nova veio um novo tipo de musa, uma coisa meio que entre o conceitual e o concreto, com lugar para Helô Pinheiro – a Garota de Ipanema, e Nara Leão, unanimidade nacional no quesito joelhos.

Depois, ou simultaneamente, não sei, apareceram as musas da Playboy: mulheres magras,esguias, com seios grandes e pernas infinitas, bem no modelito americano.

Os homens compravam a revista e, caso fossem flagrados com  um exemplar, explicavam que estavam lendo o artigo  sobre carros, vinhos, aparelhos de som, ou qualquer outra besteira que

Farrah

conseguissem inventar na hora. A minha coelhinha/pantera preferida foi e sempre será Farrah Fawcet .

Aqui no Brasil, uma brejeirice verde-amarela e  um pouco mais de bunda foram acrescentados ao tipo padrão. Muitas vezes a photoshopagem rola solta, mas isso também acontece em revista de moda chic então deve ser uma coisa, digamos, editorial.

Ultimamente uma nova espécie de musa tem aparecido nas revistas dirigidas ao público masculino: a musa nerds geek da Internet. Moçoilas que publicam blogs, tem milhares de seguidores no Twitter, perfil no Orkut, Facebook etc, estão aparecendo mais ou menos vestidas e em pose sexy para deleite de muito marmanjo. A popularidade conta pontos: em 140 caracteres é possível dizer que Fulana de Tal apareceu na Revista Tchãrãran e os fãs replicam a mensagem inúmeras vezes. Uma ou outra foto do editorial “vaza” e alguém publica no Flickr aguçando a curiosidade.

A primeira vez que vi alguém falando das lindonas do mundo virtual foi em um blog (sempre eles) que listava algumas garotas com as fotos e pedia para a pessoa votar na sua predileta. Daí para as revistas foi um pulinho, o que prova a força da nets e dos nerds e o oportunismo das editoras, né minha gente!

Portanto querida amiga, se você é baixinha ou altinha, gordinha ou magrinha,pancinha de cerveja, com muito peito ou uma tábua, bunduda ou sem bunda, loira, morena, perninhas tortas, pé feio, vesga, pele ruim, e outros defeitinhos, não perca as esperanças. Pode ser que na próxima onda seu tipo seja valorizado (e sempre existe o photoshop) e daí você se joga e vira musa. Simples assim.