Confesso que ainda não me decidi completamente sobre esse assunto, mas penso que aos 16 anos qualquer um sabe que matar, roubar, traficar, sequestrar, é crime. Não dá para negar isso.

Acabo de ver notícia na TV dando conta de um criminoso que perdeu a direção do veículo roubado, subiu na calçada, atropelou e matou 2 pessoas: uma moça de 27 anos e um rapaz de 17 que esperavam o ônibus. Antes de cometer esse crime ele havia sido detido 5 vezes por roubo de carro mas ainda era menor de idade.

O criminoso que matou o universitário de 19 anos, na porta do condomínio onde ele morava com a família, com um tiro na cabeça mesmo após a vítima ter entregue o celular, tinha 17 anos no momento do crime. Dois dias depois ele completou 18 anos.

Esses assassinos hoje estão protegidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e não podem ficar mais de 3 anos na prisão. Já ouvi dizer que o menor assume muitas vezes um crime que não cometeu porque sabe não ficará na cadeia.

Argumenta-se que as prisões brasileiras não recuperam ninguém e que são verdadeiras escolas de crime, mas esses jovens não precisam aprender nada; já sabem tudo sobre o crime e a maldade. Me desculpem os psicólogos, sociólogos, educadores e madres teresas de plantão, eu não acredito que medidas sócio educativas possam recupera-los. É preciso muita fé para acreditar nisso e a minha anda um tanto escassa diante de notícias tão aterradoras.

Tratá-los da mesma maneira que se trata uma criança é absurdo para dizer o mínimo, então o que fazer?

O projeto de lei que parece mais sensato para mim, é o que institui a maioridade penal aos 16 anos e determina que quem cometer crimes violentos, crimes bárbaros, como por exemplo, esses dois que citei no início, ao completar 21 anos não sai livre, mas vai para a cadeia de adultos cumprir o resto da pena.

Isso diminuirá o índice de criminalidade ou a violência no Brasil? Acho que não, mas talvez reduzindo a impunidade  esses jovens pensem um pouquinho mais antes de matar por um celular ou uns trocados.