anilza-leoniNo século passado, as musas eram moças voluptuosas, bem fornidas, com cintura fina e quadril largo.

O jornalista Sérgio Porto, entre o início dos anos 50 e final dos 60, usando o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta publicava uma lista de vedetes (bonitonas com pouca roupa) com nomes como Virginia Lane, Mara Rúbia, Brigitte Blair e Carmem Verônica. Essas eram as moças que os maridos admiravam às escondidas.

Nara

Com a Bossa Nova veio um novo tipo de musa, uma coisa meio que entre o conceitual e o concreto, com lugar para Helô Pinheiro – a Garota de Ipanema, e Nara Leão, unanimidade nacional no quesito joelhos.

Depois, ou simultaneamente, não sei, apareceram as musas da Playboy: mulheres magras,esguias, com seios grandes e pernas infinitas, bem no modelito americano.

Os homens compravam a revista e, caso fossem flagrados com  um exemplar, explicavam que estavam lendo o artigo  sobre carros, vinhos, aparelhos de som, ou qualquer outra besteira que

Farrah

conseguissem inventar na hora. A minha coelhinha/pantera preferida foi e sempre será Farrah Fawcet .

Aqui no Brasil, uma brejeirice verde-amarela e  um pouco mais de bunda foram acrescentados ao tipo padrão. Muitas vezes a photoshopagem rola solta, mas isso também acontece em revista de moda chic então deve ser uma coisa, digamos, editorial.

Ultimamente uma nova espécie de musa tem aparecido nas revistas dirigidas ao público masculino: a musa nerds geek da Internet. Moçoilas que publicam blogs, tem milhares de seguidores no Twitter, perfil no Orkut, Facebook etc, estão aparecendo mais ou menos vestidas e em pose sexy para deleite de muito marmanjo. A popularidade conta pontos: em 140 caracteres é possível dizer que Fulana de Tal apareceu na Revista Tchãrãran e os fãs replicam a mensagem inúmeras vezes. Uma ou outra foto do editorial “vaza” e alguém publica no Flickr aguçando a curiosidade.

A primeira vez que vi alguém falando das lindonas do mundo virtual foi em um blog (sempre eles) que listava algumas garotas com as fotos e pedia para a pessoa votar na sua predileta. Daí para as revistas foi um pulinho, o que prova a força da nets e dos nerds e o oportunismo das editoras, né minha gente!

Portanto querida amiga, se você é baixinha ou altinha, gordinha ou magrinha,pancinha de cerveja, com muito peito ou uma tábua, bunduda ou sem bunda, loira, morena, perninhas tortas, pé feio, vesga, pele ruim, e outros defeitinhos, não perca as esperanças. Pode ser que na próxima onda seu tipo seja valorizado (e sempre existe o photoshop) e daí você se joga e vira musa. Simples assim.